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Mais de 5 mil já formam vila de barracas com comércio, em garimpo de Pontes e Lacerda


Por MARCIA MATOS - REPÓRTER MT

Mais de 5 mil já formam vila de barracas com comércio, em garimpo de Pontes e Lacerda

Foto: Reporter MT

No local há centenas de famílias completas, que levaram até crianças e idosos. Até mesmo as mulheres estariam trabalhando na procura ao ouro. Vendas de comida, bebida e até banho já foram organizadas.

Cerca de cinco mil pessoas atraídas pela possibilidade de encontrar farta quantia de ouro, já formam uma espécie de vilarejo na Serra do Caldeirão, cerca de 30km da cidade de Pontes e Lacerda, na região Oeste de Mato Grosso, que há cerca de duas semanas vem recebendo milhares de aventureiros, atraídos pelas imagens de gigantes pepitas de ouro, encontradas no local, que foram divulgadas através das redes sociais.

Em entrevista ao Repórter MT , o comerciante de Cuiabá, Hermínio Pereira, que resolveu tentar a sorte no garimpo relatou que no local há centenas de famílias completas, que levaram até crianças e idosos. Até mesmo as mulheres estariam trabalhando na procura ao ouro.

À reportagem Hermínio contou que para manter a ‘comunidade’ de barracas de lona, vários comércios já foram montados, em barracas que funcionam como restaurantes, outras que funcionam como vendas de produtos alimentícios e bebidas e até comércio para o banho, só que neste caso é preciso descer a serra até onde está o caminhão pipa para poder se lavar.

Sobre os preços, ele relata que uma pequena garrafa de 250 ml de água custa R$ 5, pela lata pequena de cerveja também são cobrados R$ 5, já o marmitex é vendido a R$ 30, já uma máquina para perfurar a terra, que normalmente é vendida por cerca de R$ 3,500, no garimpo custa R$ 9 mil.

Vários comércios já foram montados, em barracas que funcionam como restaurantes, outras que funcionam como vendas de produtos alimentícios e bebidas e até comércio para o banho

Para chegar ao garimpo ilegal, os interessados pelo ouro têm que enfrentar uma subida íngreme de cerca de 600 metros.

Segundo o comerciante, no garimpo o clima é amigável e é possível encontrar pessoas de todas as profissões escavando a terra em busca de minério. Segundo ele, a maioria é de brasileiros que vieram de toda parte do país, mas também já se arriscam na exploração muitos bolivianos, já que a região fica próxima à divisa com a Bolívia.

Entre as histórias de quem está há dias no local, há relatos de pessoas que encontraram pepitas de ouro que pesaram 18 kg e até 21kg e a expectativa de alguns é de encontrar até 100 kg de ouro.

Para a exploração os aventureiros se dividem por ‘lotes’, que foram ‘demarcados’ conforme foram chegando e se apropriando do direito de escavar em busca do minério. Convivendo em barracas lado a lado, os garimpeiros já  fizeram escavações de até 14 metros.

Um sindicato já estaria sendo organizado pelos garimpeiros e nesta quarta-feira (14), o prefeito de Pontes e Lacerda, Donizete Barbosa do Nascimento (PSDB), apresentou ao governador Pedro Taques (PSDB) a proposta de criar uma cooperativa para legalizar a extração do ouro, pedindo o apoio do chefe do Executivo estadual para um debate entre os entes federados sobre a situação. Apesar da ilegalidade da exploração do minério os garimpeiros estão confiantes que irão conseguir legalizar o garimpo.